Uma canção ganhadora do Grammy pergunta: “O que o amor tema ver com isso?” Para o Católico, a resposta é: tudo. O amor é o que todo coração deseja. O amor é -como dizia o Papa São João Paulo II- “a vocação fundamental e congênita de todo ser humano”.
Então: o que aconteceu de errado com a nossa cultura, onde as pessoas buscam amar, mas tantas vezes fracassam em encontrar as relações profundas e comprometidas que desejam?
O problema é que com muita frequência focamos naquele amor baseado em paixão e prazer —amor que busca o que pode obter e não o que pode oferecer— ao invés de focar naquele amor total, comprometido, incondicional e sacrificial que Deus tem por nós.
Quando nós fundamentamos nossos relacionamentos no que está em jogo para nós mesmos, estamos vivendo no que é conhecido às vezes como o eros, o amor de paixão que busca o prazer na companhia do amado. Esse tipo de amor pode trazer um sentimento agradável no começo, mas, quando os tempos difíceis chegam, não tem uma base duradoura.
O amor ágape, por outro lado, é o amor que Deus tem por cada um de nós. É um amor total, comprometido e incondicional que se concentra não naquilo que podemos obter do outro, mas no que podemos oferecer.
Podemos viver numa cultura que louva o eros, mas o nosso coração deseja ardentemente o ágape. Se pensamos descobrir em algum momento a paz e plenitude que todos desejamos, devemos aprender como Deus nos chama a ir além do amor eros até o amor ágape, para fazer um dom sincero de nós mesmos, buscando o bem maior para aqueles a quem amamos, passando os nossos próprios desejos e necessidades a um segundo plano. Somente assim
conheceremos o amor autêntico e verdadeiro.